Em meio a uma série de denúncias e investigações da Polícia Federal sobre supostos desvios de recursos públicos, o prefeito Flávio Furtado volta ao centro das polêmicas. Documentos inéditos obtidos pela reportagem apontam que o gestor estaria por trás do Posto Duque, empreendimento recém-inaugurado no município, mas registrado em nome de terceiros para mascarar sua ligação direta com o negócio.
De acordo com informações apuradas pela redação, o empresário Jodenilson Araújo Silva, dono da empresa J S Engenharia e Serviços Ltda (CNPJ: 40.183.124/0001-74), aparece como um dos sócios do Posto Duque. Jodenilson mantém contratos milionários com a Prefeitura de Duque Bacelar, acumulando mais de R$ 20 milhões nos últimos cinco anos em serviços prestados à gestão municipal.
No entanto, uma fonte sigilosa relatou que o empresário seria apenas um “laranja” no negócio. Em troca da participação no posto, Jodenilson manteria contratos superfaturados com o poder público, beneficiando diretamente a administração do prefeito Flávio Furtado.
Ainda segundo as denúncias, o posto estaria sendo administrado por uma cunhada de Flávio Furtado, numa estratégia para garantir que o controle permanecesse dentro da família, evitando assim chamar atenção direta para o nome do prefeito.
Essa manobra levantou ainda mais suspeitas na população, que já questionava a origem dos recursos utilizados na construção do Posto Duque. Para moradores, a obra teria sido erguida com dinheiro público desviado da prefeitura.
Os dados mais recentes da Transparência Pública do município revelam que somente em 2025, uma das empresas ligadas a Jodenilson Araújo Silva já faturou mais de R$ 10 milhões com contratos firmados pela Prefeitura de Duque Bacelar.
O montante reforça as suspeitas de favorecimento e superfaturamento em obras e serviços, levantando dúvidas sobre a real destinação dos recursos públicos no município.
Enquanto escândalos de corrupção se multiplicam, moradores de Duque Bacelar denunciam abandono nos serviços básicos, como saúde, educação e infraestrutura. O contraste entre os contratos milionários e a precariedade vivida no dia a dia alimenta ainda mais a revolta popular.
As novas denúncias agora devem reforçar as investigações já em curso da Polícia Federal e de órgãos de controle, que apuram supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a gestão de Flávio Furtado.
Em Duque Bacelar, cresce a percepção de que “laranjas” estão sendo usados para encobrir empreendimentos faraônicos ligados ao prefeito, enquanto a população continua arcando com os prejuízos de uma administração marcada por suspeitas de corrupção explícita.