O Palácio dos Leões afirmou, em nota, que repudia o que classifica como tentativas de manipular a opinião pública em relação às viagens internacionais do governador Carlos Brandão (PSB). A manifestação foi divulgada após a repercussão dos gastos de R$ 155 mil em passagens de classe executiva e R$ 85,9 mil em diárias em dois itinerários à Europa, em maio e junho.
Segundo a gestão estadual, todos os procedimentos obedeceram aos trâmites legais, e o reajuste das passagens ocorreu em razão de alterações na agenda do presidente Lula. O governo alega ainda que os custos foram influenciados pela cotação do euro e pela logística exigida em missões oficiais.
Na defesa das viagens, a nota cita como resultados a certificação do Maranhão e do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, tratativas para instalação da Oil Group em Bacabeira, negociações com empresas de tecnologia em hidrogênio verde e a entrega do título da Unesco aos Lençóis Maranhenses.
Em relação à agenda em Londres, o governo destacou a assinatura de um acordo com a Mercuria Energy Group, que prevê US$ 100 milhões em investimentos em ações de recuperação ambiental e regularização fundiária no estado.
De acordo com reportagem do Painel, da Folha de S.Paulo, além do custo elevado das passagens, Brandão perdeu um bilhete de volta a Paris, no valor de R$ 23,3 mil, após alterar a data do retorno. O trecho não foi reembolsado, e um novo bilhete precisou ser emitido. O episódio motivou ação popular apresentada por comunossocialistas ligados a Flávio Dino, que pede o ressarcimento de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
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