Andando pelas redes sociais, as vezes nos deparamos com vídeos muito bem editados que mostram empresas ”diferentonas”. Seja por ter um espaço para que os funcionários tenham um momento de paz, ou até escorregadores infantis e piscinas de bolinhas.
O caso da Loovi Seguros segue a linha deste esteriótipo caricato que domina as timelines. Em um vídeo postado no Instagram da própria empresa, é mostrado que os funcionários recebem calçados Crocs, aqueles com furinhos. A justificativa é até válida, higiene e conforto. Só força um pouco no padrão, mas a seguir você compreende até onde vai essa narrativa.
Depois, é falado que todas as cadeiras do escritório são padrão ”presidencial”, e que todos tem um Mac em suas bancadas. É sempre reforçado o lema de ”igualdade”, e que seria um ambiente ”de outro mundo”.
Pois em 10 de fevereiro, um vídeo de um atendente da empresa sendo demitido pelo próprio CEO, por se recusar a participar de um culto religioso, viralizou nas redes sociais. Longe de mim ser contra qualquer atividade religiosa dentro de uma firma, desde que ela seja opcional e não obrigatória.
“Se você não está bem para ficar num culto, você não está bem nem para estar dentro da empresa”, disse Quézide Cunha em uma de suas falas. Ele ainda alegou uma suposta ”falta de humildade” do funcionário.
Se faltou humildade ao atendente, faltou respeito e consideração à quem o demitiu no meio de um momento de fé. De boas intenções, o inferno está cheio.
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