Sim
De muitas efemérides. Dia da Coluna, que precisamos estar em alerta para quem dá sustentação ao nosso organismo. A força da gravidade fica nos empurrando para permanecermos conectados com o planeta. Manter a musculatura das costas em dia é a única forma de aliviar e prevenir dores e outras consequências do tempo, que passa para todos. Você não vai ficar jovem para sempre. Envelhecer é um privilégio. Com a coluna ereta é para poucos. Que a coluna escrita também se mantenha de pé. (rindo)
Conexão
Também é Dia da Alimentação, Do Pão e da Ciência e Tecnologia. Dois completamente afins e um que tem tudo a ver. Como assim? Já pensou se nossos cientistas criassem uma forma de eliminar de vez a insegurança alimentar que ainda assola cerca de 2,5 bilhões de pessoas, com tecnologia de ponta? Os dados são da FAO, que é o braço da ONU para Alimentação e Agricultura. Os números tem recorte recente de 2023 e 2024. Como diz Edvaldo Nascimento e Cruz Neto: “Todo ser precisa ter saber, amor e pão.”
Os grãos e os pães salvaram a humanidade. Imagem: Internet
Mestra
A professora Maria Dolores Teles mantém-se viva na memória de sua família e amigos. Hoje, com o lançamento do seu livro póstumo, “Histórias de Piripiri e Outras Miragens”, segue dando aula, o que fez grande parte de sua vida, lecionando na rede pública estadual, escola técnica, UFPI, Cesvale e Senac. Leitora voraz, seguiu atualizando-se até seus últimos dias, com quase 90 anos. Estava tudo pronto para o lançamento na festa do nonagenário, mas ela resolveu mudar o script.
Legado
A família reúne-se novamente em torno da matriarca, a partir das 18h, no auditório do Instituto Federal do Piauí. Agora para celebrar o seu legado intelectual, condensado no olhar acurado de quem enxerga com olhos de mestra. Ontem, 15, o filho de Dona Dolores, Eurico Teles, advogado, lançou o volume “Mediação na Recuperação Judicial no Brasil”, na sede da OAB-PI. Mais uma prova que a professora segue, sutilmente, ecoando seu dom de ensinar.
Eurico Teles em noite de autógrafos na OAB-PI. Fotomontagem: divulgação
ARQ
A arqueologia em solo piauiense vai de vento em popa. Produzindo e repercutindo o trabalho que desvenda a nossa sociedade, tem artigo que retrata estudo na Fazenda Espírito Santo, em Buriti dos Montes. Destacando-se em 5º lugar do Luiz de Castro Faria, promovido pelo IPHAN, “Patrimônios Desfragmentados: A Civilização do Couro Expressa em Pedra”, concorreu na categoria “Tecnologias Digitais na Preservação do Patrimônio Arqueológico”.
Registro do estudo aplicando recurso de ponta. Imagem: divulgação
Arqtech
Usando GPS de alta precisão, fotogrametria e o LiDAR, a investigação registrou as cercas de pedras como documentos arqueológicos que guardam lembranças nítidas, mesmo com séculos de transformações sociais, de uma sociedade ancestral. A conquista é da arqueóloga Danielle Sâmia, da Nhandu Consultoria. Doutoranda em Arqueologia pelo Museu Nacional/UFRJ, a pesquisadora reconheceu o impulso financeiro do empresário João Freitas Filho, que vem investindo fortemente na região, com sustentabilidade e fornecendo suporte aos cientistas.
Doutoranda, Danielle Gomes Samia eleva a arqueologia piauiense. Foto: reprodução redes sociais
*ALERTA*
A imprensa mundial noticia o relatório Global Tipping Points ou Pontos de Inflexão Globais. A expressão estabelece os pontos críticos e limites suportáveis ultrapassados no sistema terrestre, aferidos por 160 cientistas dos quatro pontos do planeta. Tais mudanças provocam reações abruptas e irreversíveis O mais recente, divulgado há cerca de uma semana, informou que 80% das formações de recifes de corais do planeta estão embraquecidos. Perderam a vida e deixam de sustentar a vida de uma infinidade de espécies de peixes, moluscos, crustáceos, etc.
Recifes de corais brancos são belos, mas estão mortos. Imagem: Internet
Inflexão
Os cientistas apontam que as consequências mais evidentes será a escassez de pescado, que vai ficar raro. O que é raro é caro. Artigo de luxo que não vai entrar na cozinha de qualquer vivente. Nem será mais distribuído na Semana Santa. Sushi será iguaria de magnatas. Uma nova cultura alimentar vai surgir para substituir. A insegurança alimentar vai ficar mais insegura. Um número incontável de espécies vai desaparecer. Algumas que nem foram catalogadas. Estamos no primeiro ponto de não-retorno para o sistema terrestre.
Destemperado
A minha percepção leiga, leva-me a ver um tempo mais intenso. O período do calor dá a sensação de estar mais quente. O ar está muito seco e deixa a temperatura mais impactante. Condições danosas demais a qualquer organismo. Expor-se ao sol no período da tarde nestes dias de máximas de quase 40 graus é um risco. Por outro lado, vejo as chuvas mais escassas, mas, mais intensas em curtos períodos. Tem desabado altos índices pluviométricos, em áreas restritas, em curto espaço de tempo. O que causa alagamentos imprevisíveis.
Intensas queimadas em todo o mundo aumentam os índices de carbono na atmosfera. Foto: Internet
Imprevisão do tempo
Não só no Piauí, como aconteceu em Picos no começo do ano. Desabou água que invadiu e arrastou o que pôde em um curto espaço de tempo, deixando todos atônitos, sem saber o que estava acontecendo, porque jamais se cogitou que algo assim pudesse acontecer. Claro que a topografia da cidade acentuou o impacto. Mas foi um volume incomum e numa quantidade que não dava chance de escoamento nem drenagem que suportasse o aguaceiro.
Em 14 de janeiro deste ano, choveu 135 milímetros em 3 horas, em Picos. Fotomontagem: Internet
Emergência climática
Está tudo alterado e agravando rapidamente. O ser humano conseguiu alterar a estrutura da atmosfera terrestre, abrindo um buraco na camada de ozônio, que filtra os raios solares, desencadeando mudanças climáticas que estão apenas no começo. A temperatura global aumentou em 1,4 grau. Parece pouco, mas é o suficiente para apontar um futuro que não queremos. Segundo os cientistas, para vivermos bem, teríamos que voltar ao patamar térmico global do tempo pré-industrial.
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