Em depoimento à Comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Déficit Bilionário, instalada na Câmara Municipal de Teresina, o ex-presidente da Eturb e filho do ex-prefeito Dr. Pessoa, João Duarte Neto, o “Pessoinha”, defendeu a legalidade dos atos praticados durante sua gestão à frente da pasta e afastou a possibilidade de enriquecimento ilícito.
Questionado sobre os pagamentos realizados pela Prefeitura, Pessoinha afirmou que todos os processos eram remetidos ao Tribunal de Contas em até 20 dias, acompanhados da documentação exigida.
“Todos os pagamentos eram encaminhados, sem exceção, com cópias dos contratos e registros. Trouxe inclusive a pasta com os relatórios para comprovar. É assim que se presta conta”, declarou.
Pessoinha contesta ilegalidade nos pagamentos feitos pela Eturb em sua gestão – Foto: Ascom/Dudu
Ele também destacou que a gestão mantinha diálogo constante com os órgãos de controle. Segundo o depoente, o Tribunal de Contas emitia recomendações periódicas para ajustes, o que, em sua avaliação, reforça a transparência do processo.
“Nos quatro anos de gestão, sempre recebíamos expedientes para corrigir falhas. Isso é parte da fiscalização preventiva e só existe quando há abertura para o acompanhamento”, completou.
Um dos pontos mais delicados da sessão envolveu a suspeita de aquisição de imóveis avaliados entre R$ 3 e R$ 5 milhões durante o período em que seu pai esteve à frente da Prefeitura. Pessoinha classificou a denúncia como infundada.
“Isso não existe. Não tem nenhum fundamento”, afirmou.
Ele também rejeitou a necessidade de abrir suas contas pessoais para a CPI, argumentando que sua trajetória profissional é de conhecimento público.
“Minha vida financeira já era conhecida antes da Prefeitura, com atuação empresarial no Norte e Nordeste. A gestão pública é impessoal. O que cabe aqui é prestar esclarecimentos sobre os atos da Prefeitura, e para isso estou à disposição”, concluiu.
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