Quarentinha
Tá chegando um mês de celebração para o mundo do roquenrrou. O primeiro grande evento a promover exclusivamente o gênero completa 40 anos. Tem um zunzunzum rolando da possibilidade de um encontro. Quem sabe um show. Talvez um revival com as bandas do primeiro Setembro Rock. Era 1985. Teresina afimava em alto e bom som que tinha cena rock, sim senhor.
Vávula de escape
Eu vi. Num palco acanhado. Infinitamente menor que o demolido recentemente, na mesma Central de Artesanato. A juventude de cabelos enormes balançava a cabeça contestando tudo. Era protesto. Era revolta. Era rebeldia. Era um grito de alívio na transição de um regime ditador para os primeiros passos da retomada da democracia. Não faltava motivos para mobilizar a galera da cidade.
Reencontro
Os engomadinhos não entendem a importância do que eles chamaram de “trambolho”. Aliás, o debate aquecido entre defensores dos dois lados numa rede social, gerou o estopim da representação de artistas contra a Secult pela derrubada do espaço que marca a história contemporânea das bandas e dos artistas que celebramos. O palco do Setembro Rock está no chão, mas a proposta está de pé para festejar os 40.
O lado bom da seca
A UNESP, Universidade Estadual Paulista, revelou ao mundo que a Caatinga é o bioma fundamental para o equilíbrio climático. A eficiência na captura de carbono é surpreendente. Cobrindo apenas 10% do território brasileiro, foi responsável por capturar até 50% do dióxido de carbono da atmosfera. Mais motivos para acentuar a preservação e recuperação da floresta branca.
Caatinga
Co²
Durante os longos períodos de estiagem, as plantas adormecem, mas nos primeiros pingos de chuva, retomam o crescimento, intensificando a fotossíntese. Ávidas por carbono, arvoram-se literalmente em sua matéria-prima. A fome é voraz. Quem estava na seca não perde a oportunidade de se alimentar para se preparar para a próxima estação sem uma gota d´água.
Gráfico produzido pela Unesp.
Crédito$
A mecânica eficiente aproveita o período da fartura de umidade. Três dias após a primeira chuva, onde parecia mato seco, ganha cor e tinge o semi-árido de um verde exuberante. A Caatinga reposiciona o Brasil no cenário da mitigação dos efeitos do aquecimento global com crescimento potencial dos créditos de carbono. Por sua eficiência na retenção de CO², a Caatinga supera o Cerrado e até a Amazônia.
Maratona
A UFPI realiza um grande evento acadêmico para homenagear o amarantino Clóvis Steiger de Assis Moura. Pela passagem dos seus 100 anos (in memoriam), o jornalista, poeta, historiador e sociólogo, o intelectual será reverenciado com bate-papo e palestra. A maratona cultural começa às 14h30 e deve encerrar às 21h.
Antirracismo
A militância no combate ao racismo marca a trajetória do vulto. Sua obra é palmilhada pelo resgate da força de resistência dos escravizados, sua coragem e a denúncia das atrocidades que sofreram. Entre os muitos palestrantes e debatedores, Nílson Ferreira, Elmar Carvalho e Fonseca Neto. É um mergulho profundo na estrutura das ideias que sustentam nossa sociedade.
Portanto, quando
Cledeílson Araújo mandou a letra numa espécie de desabafo, em publicação nas suas redes. Uma prosa poética meio letra de hip hop. Um manifesto pela vida, pela razão, pelo bom senso. Um grito de socorro por sua comunidade. Pela juventude excluída das políticas públicas que nem sempre chegam nos redutos, nos becos, nas favelas, nos guetos, nas quebradas. Mas o crime chega.
Preto Kedé. Foto: divulgação.
Pega a visão
Um dia vocês ainda vão parar pra refletir…
Vão ver que essa vida é pura ilusão.
Essa matança entre os nossos não leva a nada,
só destrói o próprio povo e atrasa a nossa quebrada.
Enquanto se perde nesse corre errado,
as comunidades continuam sem recurso, sem melhoria.
E o que era pra ser união e progresso,
vira dor, lágrima e cadeia.
Mais cedo ou mais tarde, a ficha cai.
Quando vocês tiverem mais velho, vão olhar pra trás
e perceber tudo que foi perdido
achando que estavam no caminho certo.
A vida do crime não compensa.
Não compensa tirar vida dos outros,
não compensa se iludir com o brilho falso do comando.
Porque a lei do retorno chega,
e quando chega, não tem pra onde correr.
A verdadeira ideia é unir, é somar,
é lutar por recurso, por melhoria,
por dignidade pras nossas comunidades.
Esse é o verdadeiro progresso.
Esse é o significado de nós por nós!
Portanto, quando
A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .
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