MPPI denuncia ‘ex-servidor fantasma’ da Câmara de Dom Expedito Lopes

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Picos, ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Sávio Manoel Dantas de Albuquerque Bragaex-servidor contratado da Câmara Municipal de Dom Expedito Lopes, acusado de receber salários sem prestar efetivamente o serviço e de dividir os valores com outras pessoas.

Sede das Promotorias de Justiça de Picos

De acordo com a ação, Sávio ocupou o cargo de auxiliar administrativo e técnico em informática entre junho e dezembro de 2022, período em que recebeu R$ 8.484,00. A denúncia anônima que originou a investigação relatou que o servidor não comparecia à Câmara e compartilhava o dinheiro recebido com Maria Emília Cecília, Carla Barbosa Leal de Sousa Fé e Mathews Leite de Sousa Fé.

Durante a apuração, o Tribunal de Contas do Estado confirmou os pagamentos feitos pela Câmara, mas a empresa responsável pela hospedagem do portal da transparência, a STS Informática, informou que não há registros de acesso em nome de Sávio, contrariando a justificativa de que ele seria o responsável pela alimentação do site institucional.

O Ministério Público requisitou à Câmara folhas de ponto, relatórios e cópia do contrato de prestação de serviços, mas não obteve resposta satisfatória. O então presidente da Casa, Wilson Sousa Fé, foi convocado para audiência, porém não compareceu.

Com base nas provas reunidas, o MP concluiu que houve dano ao erário e enriquecimento ilícito, caracterizando ato doloso de improbidade administrativa. O órgão requer que o réu ressarça os cofres públicos no valor atualizado de R$ 12.309,49, além de sofrer as penalidades da Lei de Improbidade, como suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público.

A ação foi assinada pela promotora Karine Araruna Xavier em 2 de outubro de 2025 e tramita na Vara Cível da Comarca de Picos.

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