A Justiça decidiu, nesta sexta-feira (5), que Francisco de Assis Pereira da Costa e Silva e Maria dos Aflitos Silva continuarão presos preventivamente. O casal responde por uma das maiores tragédias familiares registradas em Parnaíba, litoral do Piauí, onde dez pessoas foram envenenadas entre 2024 e 2025, sendo que oito delas morreram.
Francisco de Assis e Maria dos Aflitos. Foto: Reprodução
As mortes ocorreram em diferentes circunstâncias, mas todas levantaram suspeitas pela semelhança dos sintomas e pelo vínculo entre as vítimas. Entre os mortos estão oito membros da mesma família, além de uma vizinha e o filho dela.
O Ministério Público acusa o casal de oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio, apontando que houve planejamento e intenção clara nos crimes.
Depoimentos contraditórios
Na audiência, Maria dos Aflitos negou participação e tentou transferir a responsabilidade a terceiros. Em seu depoimento, chegou a culpar uma das próprias vítimas, a amiga Maria Jocilene, morta após ingerir arroz envenenado. Ela também acusou o companheiro, Francisco de Assis, de ser o verdadeiro responsável.
No início do ano, Maria havia confessado ter matado Jocilene para livrar Francisco. Hoje, voltou atrás e disse que estava “pressionada e confusa” quando admitiu o crime.
Francisco, por sua vez, adotou discurso semelhante e sustentou que Jocilene poderia ser a culpada pelas mortes.
O delegado Abimael Silva, que acompanha as investigações, destacou durante seu depoimento o comportamento da acusada. Segundo ele, Maria chegou a esboçar sorrisos ao falar da morte da amiga, alegando que ela teria falecido por problemas cardíacos.
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