Gestão personalista de Sílvio Mendes protagoniza ação cultural em Teresina

Jorge 40

Todos os ingressos disponíveis para o show do sambista Jorge Aragãoprevisto para a próxima segunda-feira, 20, foram pulverizados entre 10 e 12 minutos. Analisando os relatos de alguns amigos, que conseguiram e que não, os 440 lugares do teatro Sílvio Mendespara os fãs do cantor e compositor de músicas consagradas são quase nada. Mas era o que tinha para ontem. Cada poltrona foi disputada na agilidade da navegação e da digitação.

CAIXA 43

Mestre Carlos Oliveira e Dona Concitaguardiões voluntários há décadas do “calabouço”, estão firmes na defesa do patrimônio. A mais recente informação recebida aponta que um incauto, durante uma reunião, tinha dito sorrindo que “os arquitetos iam cuidar para dar acessibilidade na escada”. A maior preocupação agora é manter o espaço intocávelpara que não haja nenhum tipo de alteração de suas características físicas históricas. Cenas dos próximos capítulos.

Mestre Carlos Oliveira, titular do Box 43. Foto: divulgação

Fora

Venho acompanhando o caso da Orquestra de Violões de Teresinaque luta aguerridamente por sua sobrevivência dentro de condições dignas. Com grande repercussão midiáticaas justificativas são muitas e lançam luz sobre o discurso dos dois lados nos portais tvs e redes sociais. Ambos têm suas razões. Mas existem outras razões, que ainda não vieram à tona, que impedem que sentem à mesa e aconteça o diálogo da paz.

Orquestra de Violões de Teresina vive drama por sobrevivência. Foto: divulgação

Repetição

O modelo de relacionamento entre Prefeitura Municipal, por meio da Fundação Monsenhor Chavese as associações que abrigam projetos, principalmente de música, são geridos por uma orientação política, claro. Sempre. É o mesmo que levou à demissão dos melhores bailarinos, circences, capoeiristas e outros oficineirosque mantinham contratos antigos, na gestão passada. Eles foram encerrando e a PMT não os renovou.

Dam Bezerra, liderança da OVT. Foto: divulgação

Submissão

Quem conseguiu renovar foi nas condições determinadas pela gestão. Restando ao artista, coletivo ou ao Balé da Cidadeum dos que mais sofreu, ficar desempregado, acabar um projeto de anos, ou submeter-se à cartilha ditada pelo senhor gestor, para sobreviver. A mesma coisa acontece agora com a Orquestra de Violões. Um projeto de quase 20 anos, reconhecido como patrimônio imaterial de Teresinanão consegue renovar o contrato em condições favoráveis aos artistas.

Balé da Cidade de Teresina resiste em meio aos desafios. Foto: divulgação

Calados

Percebam o silêncio. No ano passado, durante o terremoto que foi o anúncio do fim das atividades do Balé da Cidadecom cerca de 30 anos de história, tentei abrir o canal aos artistas, que normalmente são amordaçados. Simultaneamente acontecia festival de dança. Todos estavam reunidos. Certamente falaram entre si sobre o abalo que repercutiu no estado do todo. Mas não houve uma manifestação política nem artística.

parte difícil

Da mesma forma, é preocupante o silêncio do presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves. Ó maestro Aurélio Meloem que pese sua bem-sucedida trajetória como músico, que expande seu talento como ninguém, omite-se sobre o caso da Orquestra de Violões de Teresina. Poderia usar de sua projeção, sua popularidade para garantir a continuidade de projetos relevantes para a arte e a cultura da capital do sertão.

Maestro Aurélio Melo preside a Fundação Cultural. Foto: divulgação

Mesclar

Aurélio parece isolado. O prefeito Sílvio Mendes trata diretamente do assunto Orquestra de Violões. O prefeito anuncia o retorno da seleção de talentos para formação pelo projeto Balé Bolshoi. O músico publica vídeo no perfil do ig da fundação folheando edição antiga de revista. Com verba curta e no cabresto, o prefeito diz como é, anuncia o que vai acontecer e onde está o presidente da FCMC? Deviam combinar ações conjuntas. Não acham?

Músico aprendiz, SM toca a Cultura de The. Foto: reprodução redes sociais

Questões

Sobre o que mencionei no começo. Do quê realmente está por trás da resistência à renovação do contrato da associação que abriga a Fora. Não é valor alto. O que a galera dos violões quer não é nada absurdo que não seja praticado pela mesma FMC em outro contrato semelhante. Que contrato é esse? Com quem? Por que ninguém diz nada? Ou melhor, por que o silêncio do presidente da instituição, que cala diante do drama de seus irmãos músicos? Cenas dos próximos capítulos.

Tito Filho

Enquanto isso, a gente se depara e vê que estamos chegando no meio de outubro e até agora não há nenhuma sinalização de movimentação em torno do retorno da Lei A. Tito Filho. O mecanismo de incentivo municipal, que homenageia o barrense mais apaixonado por Teresinafica apenas no sonho de artistas e produtores que pensam em ter mais oportunidades. E que elas sejam com regras transparentes e em condições iguais para todos.

Artistas na expectativa do retorno da Lei A. Tito Filho. Foto: Internet

Muralha Ferraz

UM Fundaçãoque carrega o nome do prefeito de Teresina que mais amou e investiu na estrutura da Culturavai abrir um link para se reconectar com o legado de Wall. O presidente da fundação, Kléber Montezumaanunciou que está em preparação um pacote com cursos e oficinas para qualificar a mão de obra do setor artístico-cultural. Torcendo para que escolham bem os facilitadores. Ele não disse quando vai começar, mas disse.

WF, ícone da cultura teresinense. Foto: Internet

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