A Polícia Civil do Piauí cumpriu, na tarde desta segunda-feira (1º), o mandado de prisão temporária contra Herleson de Sousa, conhecido como “Coquinho”, suspeito de assassinar Tainá da Silva Sousa no dia 22 de julho, dentro de um apartamento na zona Sul de Teresina.
Delegada explica prisão de “Coquinho”, acusado de matar prima e simular suicídio – Foto: Reprodução
A informação foi confirmada em entrevista à TV LUPA1 pela delegada Nathália Figueiredo, titular da Delegacia de Feminicídios, que detalhou a operação e as investigações. Segundo ela, o suspeito foi localizado após denúncia de que estaria em uma praça da capital.
“Recebemos a informação de que ele se encontrava numa praça e inclusive nos repassaram as vestimentas. Diante disso, solicitamos apoio da Diretoria de Operações Policiais, chefiada pelo delegado Tales Gomes. Foi dado cumprimento ao mandado”, explicou a delegada.
No momento da abordagem, o suspeito tentou se identificar com outro nome.
Delegada explica prisão de “Coquinho”, acusado de matar prima e simular suicídio – Foto: Lupa1
“Inicialmente, quando foi abordado, ele disse se chamar Fernando, mas os policiais já tinham a descrição dele, a imagem, o mandado em mãos, e deram cumprimento”, acrescentou.
Após ser preso, Herleson foi levado para a Delegacia de Feminicídios, onde foi interrogado. A delegada confirmou que o suspeito confessou a autoria do crime, mas preferiu permanecer em silêncio sobre a motivação e a dinâmica do homicídio.
“Ele foi enfático em dizer que foi o autor do crime contra Tainá, mas não quis se manifestar quanto à motivação. Isso é um direito do interrogado, embora dificulte a investigação nesse aspecto”, disse Nathália.
As investigações apontam que Tainá teria acolhido o primo em sua casa, após ele relatar estar sendo ameaçado na região onde morava.
“Já tínhamos informações de que ele pediu guarita para Tainá, ela o acolheu, e nesse contexto o crime foi praticado”, afirmou a delegada.
Simulação e provas materiais
Um dos pontos cruciais para a elucidação do caso foi a tentativa de simular um suicídio. De acordo com a delegada, o exame cadavérico revelou que comprimidos foram colocados na boca da vítima, mas não havia ingestão das substâncias.
“Isso já foi um indicativo de simulação. Além disso, o exame de DNA foi fundamental: encontramos material genético de Coquinho sob as unhas de Tainá”, destacou Nathália, ressaltando a importância da prova técnica.
Com base nesses elementos e na confissão, a polícia representou pela prisão temporária, que foi concedida pelo Poder Judiciário e cumprida ontem.
“Temos diversas provas materiais e a confissão que apontam para a autoria. O inquérito segue para conclusão e indiciamento”, concluiu a delegada.
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