Mansão de Nelson Wilians é alugada por R$ 196 mil

O advogado Nelson Wilians, alvo da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em fraudes bilionárias contra aposentados e pensionistas do INSS, paga R$ 196,2 mil por mês para morar em uma mansão no Jardim América, um dos endereços mais caros de São Paulo.

O imóvel pertence ao empresário Maurício Camisotti, preso e apontado como um dos líderes do esquema. Foi ele quem mandou erguer, no número 371 da Rua Alemanha, um jardim de R$ 22 milhões. O contrato de aluguel entre Wilians e a empresa Brasil Empreendimentos e Participações (BRAEMP) existe desde 2017 e foi renovado há poucos meses.

As investigações apontam que o advogado transferiu R$ 15,5 milhões a Camisotti entre 2016 e 2022. O Coaf detectou movimentações de R$ 4,3 bilhões nas contas de Wilians e de seu escritório entre 2019 e 2024, números que embasaram o pedido de prisão preventiva feito pela PF — negado pelo ministro André Mendonça, do STF.

Mesmo assim, a CPMI do INSS voltou a pedir a prisão do advogado após sua oitiva, em 18 de setembro. Amparado por um habeas corpus preventivo, Wilians ficou em silêncio na maior parte da sessão.

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