O ministro Luís Roberto Barroso anunciou durante a sessão plenária de quinta-feira (9) que vai antecipar a aposentadoria do Supremo Tribunal Federal. Aos 67 anos, ele poderia permanecer no STF até os 75, mas afirmou que deseja “viver um pouco mais da vida sem a exposição pública e as exigências do cargo”.
“Por doze anos e pouco mais de três meses ocupei o cargo de ministro deste Supremo Tribunal Federal, tendo sido presidente nos últimos dois anos. Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Não tenho apego ao poder e gostaria de viver com espiritualidade, mais literatura e poesia”, disse Barroso. Ele também destacou os sacrifícios impostos à vida familiar pela rotina do tribunal.
Com a saída de Barroso, o presidente Lula deve intensificar as articulações para escolher o novo ministro do STF. O nome mais cotado é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, aliado de confiança do Planalto. Também são mencionados o senador Rodrigo Pacheco (MG), o ministro do TCU, Bruno Dantas, e o ministro da CGU, Vinícius Carvalho. A escolha deve levar em conta o cálculo político do governo, especialmente diante da sucessão presidencial de 2026.