Segundo dados oficiais do Tesouro nacional, levantados no 3º bimestre de 2025, o governo estadual apresenta dados preocupantes que revelam um claro descontrole orçamentário, aumento da dívida pública e grande dificuldade de seguir honrando compromissos com fornecedores e servidores efetivos e terceirizados.
O Tesouro Nacional é o órgão do Ministério da Fazenda responsável pela gestão das contas públicasReprodução
Apesar de registrar receitas totais de R$ 13,05 bilhões, o estado acumulou R$ 12,1 bilhões em despesas, gerando um resultado orçamentário aparentemente positivo de R$ 954 milhões. No entanto, esse número pode ser considerado ilusório. Isso porque o resultado primário, que exclui o pagamento de juros, foi negativo em R$ 323 milhões, o que significa que o estado não conseguiu sequer gerar recursos suficientes para honrar os serviços da dívida.
Mais grave ainda, o Piauí aumentou em 11% o estoque da dívida pública, alcançando o maior crescimento da dívida entre os estados brasileiros, enquanto 80% dos entes federativos reduziram suas dívidas no mesmo período. Como consequência, o governo já compromete quase 10% de suas receitas próprias apenas com o pagamento de juros e amortizações, um dos percentuais mais altos do país.
Além disso, a situação de caixa é alarmante: 40% das despesas liquidadas até o fim do primeiro semestre não foram pagas, revelando uma pressão crítica sobre a capacidade de pagamento.
Informações de bastidores indicam que o governo deixou de empenhar e pagar despesas correntes com fornecedores. As empresas terceirizadas que operam no governo estão ameaçando atrasar salários e o 13º dos seus funcionários, todos em regime CLT.
Palácio de Karnak, sede do Governo do PiauíReprodução
Diante do colapso iminente, o governador Rafael Fonteles admitiu publicamente as dificuldades financeiras, mas afirmou que manterá os programas sociais. No entanto, diante do quadro assustador a confiança do mercado e da população começa a ruir diante de um cenário em que promessas políticas colidem com números duros da realidade fiscal.
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