Um atendente procurou a Justiça depois de ser demitido por se recusar a participar de um culto religioso em uma empresa de Belo Horizonte. O momento, que foi registrado pelo próprio trabalhador, mostra o desentendimento com o presidente da Loovi Seguros.
“Se você quiser ser humilde e ficar todos os dias nos cultos…”, disse o CEO Quézide Cunha. “Eu só não estou me sentindo bem de participar hoje”, respondeu o funcionário. “Se você não está bem para ficar num culto, você não está bem nem para estar dentro da empresa”, rebateu o empresário.
Após a discussão, enquanto deixava o local, o funcionário comentou com uma pessoa: “Me mandou embora, estou demitido, porque eu não quero participar do culto”.
“Em 27/01/2025, o CEO Quézide Cunha, ao adentrar na sala de descompressão, convocou o reclamante para a participação do culto. O reclamante naquele dia em específico não estava se sentindo bem e reportou ao superior que naquela ocasião não iria participar, que ficaria trabalhando. Ao comunicar sua decisão ao sr. Quézide Cunha, foi surpreendido com uma atitude desrespeitosa, arbitrária e discriminatória”, afirmaram as advogadas no processo judicial.
O diálogo ocorreu no último 27 de janeiro, mas só teve repercussão neste fim de semana, quando o vídeo viralizou nas redes sociais. O caso foi levado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Segundo a defesa do empregado, a empresa possui uma cultura organizacional que impõe práticas religiosas aos colaboradores, obrigando a interrupção das atividades para a participação de cultos às segundas-feiras, o que “demonstra total descaso com a liberdade religiosa”.
No fim de janeiro, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) apresentou ao governo federal uma denúncia sobre propaganda enganosa e atuação irregular da Loovi Seguros.
A entidade solicitou a interrupção das atividades da empresa e a aplicação de sanções administrativas, alegando tratar-se de uma representante de seguros “com possível atuação como sociedade seguradora”, mas “sem a devida autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep)”.
Com informações do G1.
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